Puerto Madryn, porta de entrada da Patagônia

puerto madryn

Quando costumava pensar na patagônia, pinguins e gelo eram a única coisa que me vinham na cabeça. O que eu não imaginava era que essa região argentina tem muito mais para oferecer. Conheci a cidade de Puerto Madryn e a Península Valdés a convite da Secretaria de Turismo de Madryn, num blogtrip que fiz junto com os blogueiros argentinos Che Toba, Wenceslao Bottaro, Gabriel Retamozo e Pablo Garcia.

Euzinha, Wenceslao, Che Toba e Pablo
Euzinha, Wenceslao, Che Toba e Pablo

Nessa viagem conheci as maravilhas de uma região agraciada por suas belezas naturais. Sem falar do calçadão de Madryn, com uma praia e um mar azul estonteante, e das suas dunas alucinantes. E como se isso fosse pouco, comi peixe fresco e frutos do mar quase todos os dias.

Visitei Madryn no comecinho de dezembro, quase verão, e o mar não estava tão gelado quanto eu pensei. Deu pra entrar e ficar uma meia hora (quase) na boa. Ok, confesso que entrei com macacão de neoprene de perna e manga curta, quando fiz kayak e stand up paddle.

O sol forte fazia o mar ficar ainda mais azul e transparente. Um convite perfeito pra um mergulho. Eu curto experimentar coisas novas, por isso aproveitei pra fazer o tal do stand up paddle (algo como remar de pé em cima de uma prancha parecida com a de surf, só que maior e mais estável). Depois de ouvir atentamente as instruções do instrutor de como me ajoelhar e me levantar, arrisquei e lá fui eu. No começo fiquei remando um pouco ajoealhada, mas em seguida consegui levantar. Curti muito a sensação de estar em cima do mar, com muita estabilidade e ter uma visão pouco comum tanto do horizonte como da praia.

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Foto: Wenceslao Bottaro
Foto: Wenceslao Bottaro

Se não estiver ventando, o mar calminho e sem ondas é perfeito para praticar esse esporte. E quando o vento bate forte, a galera que pratica windsurf agradece. Além de experimentar um pouco o stand up, também andei de kayak. Adorei tudo!! Quem quiser alugar equipamentos ou fazer aulas desses esportes aquáticos, um bom lugar é o Na Praia, que também oferece aulas de ioga em cima das pranchas de stand up paddle, aluga bicicletas e roupas de neoprene.

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Outro programa legal pra fazer em Madryn, além de caminhar pelo calçadão e passar horas só olhando a paisagem, é uma excursão de jipe 4×4 pelo Cerro Avanzado. Somente a 17 quilômetros da cidade, a paisagem muda completamente. Penhascos, areia, e de novo um mar incrível compoem o cenário perfeito.

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O carro passa pelas praias El Pozo, Paraná, Kaiser, etc, e dá pra descer e fotografar a hora que quiser. E como se isso fosse pouco, o jipe chega até a Reserva Natural de Punta Loma. Dali dá pra ver centenas de leões-marinhos brincando lá embaixo nas rochas. O bacana desse passeio é que pode ser feito em qualquer época do ano.

puerto madryn puerto madryn

Na volta, se você curte baleias, quer ouvir o barulho que elas fazem e saber um pouco mais sobre a história desse animal que visita a costa patagônica durante os meses de junho a dezembro, o Ecocentro é uma boa pedida.  Esse didático centro disponibiliza muita informação sobre os animais que vivem na região. A parte que mais curti foi a do mirador no último andar. Confortáveis sofás brancos imploram pra você sentar lá e ficar horas só olhando aquele marzão infinito.

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Esse passeio de jipe foi uma parceria com a agência de turismo Argentina Visión. Além desse tour, eles oferecem excursões a Península Valdés, a cidades próximas como Rawson, Trelew ou Gaimán, entre outros circuitos.

Como chegar
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A cidade de Puerto Madryn fica na província de Chubut, a 1.470 quilômetros de Buenos Aires. A cidade tem aeroporto e recebe voos diários desde Buenos Aires da companhia aérea Andes Líneas Aéreas. Outra opção é voar da capital argentina até Trelew, que está a 67 quilômetros, com a Aerolineas Argentinas (2 horas de voo). Outra maneira é ir de ônibus. Várias empresas saem desde a rodoviária de Retiro, em Buenos Aires. A viagem dura cerca de 18 horas.

Quando ir
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Chove pouco em Madryn, cerca de 200 ml por ano. Durante o inverno faz bastante frio e as temperaturas podem chegar aos 4ºC. Já no verão, o climá é super agradável e o termômetro chega facilmente aos 35ºC, mas um casaquinho sempre cai bem de noite. A melhor época para avistar baleias é de junho a novembro. Já os lobos e os leões-marinhos podem ser vistos durante o ano todo.

Onde dormir
A cidade tem muitas opções de hospedagem, desde hotéis chiques a hostels econômicos. Durante a viagem ficamos hospedados na Hosteria Las Maras, que fica a 4 quarteirões do mar. O lugar é muito aconchegante; os quartos têm TV, bom tamanho e são super limpos. Tem wifi, mas em alguns quartos não pega bem.

Se quiser fazer uma reserva nesse hostel, pode fazer pelo Booking que tem ótimos preços. Além disso, fazendo a reserva por esse link você também ajuda o blog com uma pequena comissão e não paga a mais por isso!

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O único ponto negativo que achei é que o café da manhã é bem simples. A decoração onde é servido o café é muito bacana, as paredes estão cheias de quadros antigos com fotos de artistas.
A hospedagem na Hosteria Las Maras foi uma cortesia.

Onde comer
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Para os amantes de peixe e frutos do mar, Puerto Madryn é uma ótima pedida. A cidade tem vários restaurantes à beira-mar e um pub muito bacana, o Margarita Pub (Calle Roque Saenz Peña 15). Com boa música, ambiente descontraído e ótimo menu, esse lugar é bacana pra ir de noite; jantar um bom prato de peixe e ficar até mais tarde ouvindo música e bebendo algumas cervejas.
Uma opção legal pra hora do almoço é o Náutico Bistrò de Mar (Boulevard Brown, 860), bem na frente da praia. O papilot (peixe assado com molho de frutos do mar) é uma boa pedida. Além de um cardápio extenso, os sofázinhos e puffs do deck são perfeitos para uma siesta depois do almoço. Para um jantar mais chique, o Yoaquina (Boulevard Brown, 860), à beira-mar, serve umas lulas fritas alucinantes!!

Eu conheci Puerto Madryn a convite da Secretaria de Turismo de Madryn, num blogtrip que fiz junto com outros blogueiros argentinos da Red Viajar.

Mais posts:
– Pinguins na Patagônia

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6 Comments

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  1. says: Lucila

    Aaaaahhh sorte mesmo. Que legal, Rodrigo. Abraços!!

  2. says: Rodrigo Peixoto

    Show Lucila! Estive lá semana passada e dei a sorte de ver três Orcas em Peninsula Valdez.

  3. says: Lucila

    Gracias, Toba. Qué bueno que te gustó. Hay que volver a Madryn 🙂

  4. says: CheToba

    Lindo viaje, excelente relato y bien detallada la parte gastronómica. Totalmente recomendado.