Amazônia – Yarina Eco Lodge (review)

Durante os dois dias que passei na Amazônia equatoriana fiquei hospedada no Yarina Eco Lodge. Eles me convidaram para conhecer a região e os seus serviços. Por isso, além de escrever sobre a minha experiência quero compartilhar com vocês informações sobre o lodge.

O Yarina está no meio da selva. Pra chegar lá é preciso navegar (em barco a motor) durante 45 minutos pelo Rio Napo no meio da selva.

O lodge tem 22 cabanas confortáveis, casas simples com paredes de bambu e madeira. O banheiro tem um tamanho bom e na sacada, a minha parte preferida, tem uma rede bacana pra descansar depois das caminhadas.

Além disso, em outra parte tem um área enorme onde os hóspedes podem comer, ler um livro ou observar como é maravilhoso estar rodeado por tanta natureza.

O que é muito bacana é que os hóspedes participam de uma programação especial com guia local pra conhecer a região. Eu curti muito aprender sobre plantas medicinais e descubrir que tem um tucano que é capaz de prever o tempo. “Dependendo de como ele canta, a gente já sabe se vai chover ou fazer sol. Tem gente que diz que é concidiência, mas pra mim é sabedoria dos bichos mesmo. ”, explica o guia Jaime.

Atividades
Os passeios mudam todas as semanas; caminhadas pela selva, ver olhos de crocodilos durante a noite, visitar uma família indígena quichua, avistagem de pássaros (em uma torre de 15 metros de altura), entre outras atividades. Aliás, a melhor época para ver aves ali é dezembro.

O Yarina também tem uma escolinha para crianças onde locais e estrangeiros dão aula como voluntários. A escola foi doada pelo proprietário do lodge, o Sr. Fernando. Se alguém estiver interessado em passar uma temporada na Amazônia equatoriana ensinando na escolinha, eu posso passar o contato. Com certeza essa é uma experiência incrível e enriquecedora.

Outra atividade bacana é visitar uma família indígena quichua. O nosso grupo esteve nessa casa e conversou com os moradores, pessoas simples que gostam de compartilhar um pouco da sua cultura. A casa é feita de madeira, tipo uma palafita, construída sobre pilastras, para evitar que encha de água ou que bichos subam com facilidade.

Quando chegamos lá, eles estavam preparando “chicha”, uma bebida feita a partir da fermentação da mandioca. Essa bebida alcoólica é muito comum na região. “O tio da minha esposa vem pra cá semana que vem. Por isso estamos preparando chicha, para celebrar essa visita”, explica Paulino, um dos indígenas da casa.

Provando a tal da chicha

Refeições
Outra coisa legal do lodge é que na diária estão incluídas as três refeições e todos as atividades com guias locais. O dia ali começa cedo; 6.30 é hora do café da manhã, o almoço é servido ao meio-dia, e o jantar às 19h. Comida caseira, simples, mas bem saborosa. Sempre tem uma sopa de entrada, algo que é bem comum no Equador. Eu experimentei sopa de milho e pastel de verde com queijo (a massa é feita com banana verde), uma delícia.

O lodge tem um gerador que fornece energia das 10h às 13h e das 18h às 22h. Pode até parecer pouco, mas como o dia na selva começa quando nasce o sol, quando são 22h você já está super cansado e a única coisa que quer fazer é dormir.

Se você estiver planejando uma viagem ao Equador, não deixe de fora a região amazônica. Vale a pena a experiência!!

Como chegar
Dá pra ir até Coca (Francisco de Orellana) de avião (25 minutos de voo). A Tame e a Aerogal tem voos diretos todos os dias desde Quito.
Eu fui de busão (8 horas), um pouco cansativo, mas nada que não seja tolerável. Viajei com a Baños, que tem ônibus confortáveis. Paguei US$10 por trajeto.

A distância entre Quito e Coca é de 300 quilômetros, mas como a estrada é sinuosa e os motoristas param a cada meia hora pra recolher passageiros (um saco), a viagem acaba se prolongando bastante. Existem outras companhias de ônibus que vão pra lá, mas a vantagem da Baños é que eles tem uma pequena rodoviária no bairro de Mariscal (bem centrico), porque a rodoviária principal fica em Quitumbe, bem afastada do centro de Quito.

Quando ir
A selva equatoriana tem o mesmo clima quase o ano todo. Prepare-se para encarar um calor úmido e bemmmm pesado. Os meses mais secos vão de novembro a janeiro. Enquanto que os meses de chuva vão de fevereiro a maio.

Onde ficar
Existem vários lodges (hotéis) espalhados na região Amazônica, cerca de 16. Alguns são mais exclusivos, mas também há lodges econômicos, como o Yarina. Além disso, algumas empresas oferecem cruzeiros (com hospedagem em barcos).

O que levar
Calça comprida, repelente, lanterna, protetor solar, boné e uma jaqueta fininha para os passeios de barco. Nos lodges eles costumam emprestar botas de borracha, obrigatória para as caminhadas na selva, por causa da vegetação e dos bichos.

A minha ida a selva equatoriana e a hospedagem no Yarina Eco Lodge foram uma parceria com o hotel.

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