Uma maneira incrível e diferente de conhecer Bariloche é andar de caiaque pelo famoso lago Nahuel Huapi. Eu fiz e amei do começo ao fim essa experiência.
Acordar cedo não é o meu forte, mas quando o motivo era remar, almoçar fazendo piquenique em uma das melhores paisagens de Bariloche e, para fechar o dia, um trekking pelo meio da natureza, tive que pular da cama com um belo sorriso no rosto e sem reclamar!
Adoro provar coisas novas e se for com um toque de aventura, melhor ainda. Imagina começar o dia remando ao lado de grandes paredes rochosas, estar rodeado pelas montanhas com os cumes nevados e o sol te acompanhando.
A manhã estava ensolarada, mas também bem fria. Confesso que precisei de um pouco de coragem pra colocar bermuda, minhas havaianas e pisar na água geladérrima do lago antes de entrar no caiaque. Mas, aos poucos, o sol amigo foi me esquentando e as paisagens deslumbrantes me fizeram esquecer um pouco do frio.
Quando me dei conta, eu estava em contato com a natureza em estado puro e o nosso pequeno grupo era o único que estava dentro do lago naquela hora. Nesse momento eu senti que estava mesmo fazendo parte daquela paisagem sem construções ou edifícios na beira do lago.
O único barulho era o do remo entrando e saindo da água. Uma remada pra esquerda e uma remada pra direita. Essa foi a primeira vez que andei num caiaque de travessia duplo. No começo é mais difícil manter a cadência e fazer com que o barco pegue velocidade, mas depois de umas dicas do experiente guia Matias, tudo foi ficando melhor.
Depois de uma hora, fizemos a primeira parada em frente de uma cachoeira. O frio já tinha passado e a fome foi ficando grande. Aquele copo de chá e uma simples barra de cereal nunca tiveram um sabor tão bom. Acho que o fato de estar num lugar único potenciou os sabores.
Essa foi uma parada rápida e logo a gente já estava remando de novo. A essas alturas eu e o meu companheiro de caiaque estávamos craques e prontos para continuar.
Durante o passeio adorei saber um pouco mais sobre os glaciares eternos que embelezam a paisagem patagônica, como é o caso do Cerro Tronador que mantém seu cume nevado durante o ano todo. Também gostei de ver os rastros que o vento e o gelo vão deixando nas imensas rochas que nos acompanham pelo trajeto.
A fome começou a bater de novo e ainda bem que logo veio momento mais esperado, o piquenique. Paramos em uma pequena praia de pedras e o Matias preparou o nosso banquete, com direito à toalha florida, taças de plástico, pratinhos e copinhos alaranjados. Tudo bem arrumadinho em cima das pedras. Sanduíches, bolachinhas, azeitonas defumadas, patê patagônico e frutas foram o nosso menu. E como se isso fosse pouco, ainda teve uma surpesa; champagne para fazer um brinde nessa paisagem deslumbrante.
Depois dessa boa pausa já era hora de voltar. Mais remada pra direita e remada pra esquerda, bem devagar fizemos o caminho de volta pelas transparentes águas do imponente Nahuel Huapi.
Quando avistei lá longe o ponto de partida, fiquei feliz porque já estava me sentindo levemente cansada, acho que foi a falta de prática. Quando desembarcamos, ainda tivemos pique para a segunda parte do passeio, uma caminhada de 40 minutos pelo meio das árvores para subir até um mirante e ver todo o trajeto que fizemos de caiaque. Ainda bem que eu fui até lá. Dá só uma olhada na vista que encontramos.
Eu adorei descubrir que Bariloche não é só um destino para ser visitado no inverno, como muitos brasileiros pensam. No verão as temperaturas são bem mais agradáveis e a cidade oferece várias opções de esporte aventura pra fazer por lá, trekking por trilhas, passeios de bicicleta, rafting, entre tantas outras opções.
Quanto custa – US$100 (inclui o piquenique do almoço e todo o equipamento)
Quanto dura – das 9am às 17h
Onde ir – a saíde é da Bahia Lopez, que fica a 21km do centro de Bariloche
Quando ir – as melhores épocas para remar no Nahuel Huapi são de dezembro a março
O que levar – protetor solar, boné, jaqueta fininha impermeável ou de nylon, bermuda e sandália de borracha que segure no pé, de preferência que não seja chinelo. Para a caminhada, tênis ou bota de trekking e calça comprida.
Quem pode ir – pessoas que curtem esporte, aventura e natureza. Crianças só maior de 12 anos
Mais informações no site da Patagonia Inhóspita, que oferece esses programas exclusivos e em grupos pequenos.
O passeio Nahuel Huapi Classic foi uma cortesia da agência Patagonia Inhóspita, mas isso não influencia minha opinião neste post, que é pessoal.
Hospedagem em Bariloche
Se você está procurando hotel em Bariloche, aproveite para reservar pelo Booking que sempre tem ótimas ofertas e lugares lindos para se hospedar. Se você reservar através do blog, o Viagem Cult ganha uma pequena comissão para manter o blog e você paga a mesma coisa 🙂
Mais posts sobre Bariloche:
– Chá da tarde 5 estrelas no Hotel Llao Llao
– Villa la Angostura de bike
– Navegando por águas cristalinas
– O que fazer em Bariloche no verão
Oi Karimy, que delícia passar a lua de mel em Bariloche!! Olha, acho que a única coisa que vale reservar antes é o passeio de caiaque. Aliás, você até pode mencionar que viu o post aqui no Viagem Cult. O chá no Llao Llao, acredito que ligando pro hotel um ou dois dias antes, quando você já estiver lá é suficiente. E a bicicleta é super tranquilo, tem vários lugares que alugam. Eu não reservaria antes não, mesmo porque você tem mais flexibilidade se nesse dia der preguiça, chover ou você quiser fazer outra coisa. Boa viagem e boa lua de mel!
Oi, tudo bem?Vou estar com meu noivo em Bariloche em dezembro em lua de mel.Gostei dos seus passeios do caiaque, de bicicleta e do chá no Lao Lao.Voce acha que tenho que reservar tudo antes daqui do Brasil mesmo?Sera que é seguro?Obrigada