[dropcap letter=”D”]urante os 5 meses de aventura pela África conheci 5 países (Moçambique, Malawi, Tanzânia e Quênia), e o último da vez foi a África do Sul. Cheguei na Cidade do Cabo e fiquei encantada com o lugar. Para mim, essa é uma das cidades mais belas e impactantes que conheci. Com paisagens encantadoras, praias lindas, vistas maravilhosas, ritmo tranquilo e relaxado, e com muitas atividades para fazer ao ar livre, virei fã de Cape Town.
Passei seis dias lá e fiz várias coisas. Como a cidade é grande e algumas atrações ficam um pouco longe, as melhores opções são alugar um carro ou pegar o ônibus de turismo, aquele vermelho de dois andares. Eu escolhi a segunda opção e super recomendo.
Comprei um bilhete de 48 horas, que incluía até um pequeno cruzeiro pelos canais do V&A Waterfront (de 30 minutos) e um passeio noturno pela Signal Hill para ver o pôr do sol. Aliás, descobri que comprando pela internet tem 10% de desconto.
Caminhando pelo centro da cidade um dos lugares que mais gostei foi o GreenMarket Square (na Shortmarket Street). Uma feira bacana para comprar souvenires e objetos típicos da África, como colheres de pau entalhadas, pulseiras de madeira, colares, roupas, obras de arte e muito mais. Ábre de segunda a sábado, das 9h às 16h.
Bo-Kaap
Não muito longe da feira, aos pés da Signal Hill, também visitei o simpático bairro Bo-Kaap.
A região chama a atenção pelas suas casinhas coloridas, que foram moradia de muitos imigrantes escravos que chegaram da Malásia, Índia e Sri Lanka no fim do século XVII e XVIII, na época da colonização holandesa. Hoje em dia, a região continua sendo multicultural e há muitas mesquitas e muçulmanos vivendo por lá.
Ali perto também encontrei uma cafeteria que é uma graça, o Haas (the coffee collective) (na Rose Street, 67). O lugar tem vários objetos de decoração e artesanato para vender, além de servir saborosos cafés e muffins.
Quem estiver por lá no início de janeiro não deve perder o Carnaval de Bo-kaap, no dia 2 de janeiro. Centenas de pessoas descem as ruas fantasiados e vão dançando músicas africanas animando todo mundo até o estádio Green Point. No passado, esse era o único dia do ano que os escravos não trabalhavam. Por isso tal celebração.
De cinema
Fora de Cape Town, uma das vistas que mais me impressionou foi a da Chapman´s Peak. Se você procura algo cinematográfico e quer perder o fôlego mil vezes, vá até lá, a uns 20 minutos de carro da Cidade do Cabo. Ao todo são 9 quilômetros a quase 600 metros acima do mar, com uma visão de 180 graus das praias do Atlântico e das escarpadas paredes rochosas. O visual todo é simplesmente estonteante. A estrada começa na Hout Bay e vai até Noordhoek.
Para quem quiser experimentar algo diferente, cavalgar na areia da praia Noordhoek’s Long Beach é uma boa, já para os que preferem atividades no mar, o Hout Bay é um lugar ideal para velejar e nadar, apesar das baixas temperaturas da água.
A Cidade do Cabo oferece muitas atividades com adrenalina incluída. Eu tive a minha dose quando desci a Table Mountain a pé (contei essa história em outro post), mas tem gente que opta por nadar com tubarões brancos (numa jaula, é claro), fazer bungee jumping (pular de uma altura de 216 metros, dizem que é o bungee mais alto do mundo), e muitos outros programas, que por falta de tempo e de coragem hehehe não pude fazer desta vez.
Hospedagem
Nos primeiros dias fiquei hospedada no Bohemian Backpackers no bairro Observatory, a área era legalzinha, com vários barzinhos e um ar descolado, mas a parte ruim é que fica longe de qualquer atração turística, e durante a noite não tive muita vontade de andar sozinha. Sinceramente, não recomendo esse hostel, não curti o atendimento, um dos chuveiros estava entupido e o café da manhã era ridículo. Sem contar que o preço não foi nenhuma pechincha. Aliás, acomodação na Cidade do Cabo não é das dez mais em conta, tudo bem carinho.
Por conta de tudo isso, nos outros dias decidir ficar no Bo-Kaap. Além de ser um lugar bacana, há várias opções de B&B e pousadas agradáveis na região. Eu fiquei no Rouge on Rose, uma delícia de hotel boutique; quartos muito confortáveis, decoração aconchegante e um atendimento de primeira. E a localização é muito prática, a 5 minutos a pé do centro e a uns 25 do Waterfront.
E na última noite, para fechar com chave de ouro, fiquei hospedada no famoso Cape Grace, no V&A Waterfront. Apesar de ser um cinco estrelas, o hotel tem um certo ar de casa da gente. Achei o lugar chique, bem decorado, mas sem exageros.
A piscina no térreo e a vista noturna de toda a área do Waterfront (do último andar) são imperdíveis. Ah, e para os fãs do whisky, o hotel tem um bar exclusivo, o Bascule Whisky, que oferece mais de 400 etiquetas da preciosa bebida.
A noite que passei no Rouge en Rose e no Cape Grace foram cortesias desses hotéis.
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