[dropcap letter=”V”]iajar de avião já não é privilégio de poucos, mas voar com um pouco de conforto, parece que sim. Cada vez mais as companhias aéreas estão repassando os custos para os consumidores e daqui a pouco só falta cobrarem pelo uso dos banheiros.
Várias companhias brasileiras cobram uma taxa para quem quiser sentar em certos lugares durante os voos. A Gol, por exemplo, cobrar uma taxa daqueles passageiros que escolherem as poltronas das saídas de emergência, que são as que têm mais espaço para as pernas.
A Tam, que também cobra por isso, chama esses lugares, situados nas primeiras filas e nas saídas de emergência, de “assento conforto”, e também cobra uma taxa extra por esses lugares.
Parece que esse tipo de cobrança virou uma tendência mundial. O problema é que cada vez mais companhias brasileiras estão aderindo à essa moda. Sem contar que algumas começaram a cobrar também pelo lanche, como é o caso da Gol. E melhor nem falarmos dos preços dos sanduíches e refrigerantes, quase sempre bem mais altos do que em terra.
E se não há como fugir dessas cobranças, aqueles que estiverem dispostos a pagar por isso, podem seguir algumas dicas antes de reservar um assento. Sites como o seatexpert.com dão uma maõzinha na hora de escolher os melhores lugares nos voos. Basta colocar o nome da companhia aérea e o número do voo, e a página mostra os prós e os contras de determinados assentos. Por exemplo, nas aeronaves da Azul, a única companhia brasileira até agora nesse site, o desenho mostra que as poltronas da fila 12 não têm boa visibilidade da janela. Enquanto que os lugares da fila 14 são os mais indicados, por terem mais espaço para as pernas. O site seatguru.com também oferece o mesmo serviço e conta com informações de companhias brasileiras, como a Tam.
Por experiência própria, quando quero dormir nunca escolho as últimas poltronas que ficam perto das cozinhas ou dos banheiros. O vai e vem dos passageiros ali é constante. Nesses casos, prefiro sempre os assentos localizados mais para o meio do avião. Além disso, nas poltronas da janela, pelo menos, posso encostar a cabeça e dormir um pouco. E não escolha as últimas poltronas, porque geralmente não reclinam.
Mas nem tudo está perdido, ainda existem algumas empresas aéreas que pensam no bem estar dos seus passageiros, sem cobrar a mais por isso. A Air Baltic, da Letônia, acaba de lançar o serviço “seatbuddy”, onde os passageiros podem escolher ao lado de quem querem sentar, dependendo do seu “flight mood”, que pode ser de trabalho, de relax, a fim de conversar sobre trabalho ou com vontade de bater papo. Dessa maneira, pelo menos, ninguém corre o risco de sentar ao lado de alguém que não para de falar, enquanto a única coisa que você quer é ler um livro ou dormir. E para os que estiverem afim de fazer amigos ou conhecer pessoas, eis aí uma boa oportunidade para matar o tempo do voo batendo papo com o passageiro ao lado.
Parece que a moda pegou e mais webs com serviços semelhantes estão surgindo. Agora é a vez da aplicação Seat ID, que oferece a possibilidade de saber um pouco mais sobre os companheiros de viagem. O usuário pode ver o perfil de outros viajantes e escolher ao lado de quem sentar no avião.
Essa ideia de definir o “flight mood” é muito boa!!
Mas, mesmo sendo tendência mundial, acho absurdo tratar a saída de emergência como um “privilégio”…
vou viajar com uma criança de 10 anos e um bebe de 3 meses, fui informada pela TAM que minhas poltronas são no meio da aeronave não tendo assento diponivel na frente, e que as poltronas conforto há uma taxa pra pagar. ABSURDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
As empresas Brasileiras deveriam se espelhar na idéia da Air Baltic, isso mostra a quanto anda a preocupação das empresas para com o passageiros.
Fato constatado dias após dia. A solução será fugir do desconforto, o quanto pudermos.