O poeta chileno Pablo Neruda deixou um grande legado, mas além dos seus poemas e livros, quem gosta das suas obras ou se interessa em saber um pouco mais sobre a vida do artista pode visitar as casas onde ele viveu no Chile. La Chascona, em Santiago, é uma delas.
Um museu interessante, cheio de história e ¨causos¨ desse personagem chileno que é conhecido internacionalmente. Eu diria até que a visita a sua casa está entre as melhores coisas para se fazer na capital chilena. Mesmo sem conhecer muito sobre as suas obras, a visita é interessante para ficar por dentro do movimento cultural chileno que ocorreu durante os anos prévios ao golpe militar de 1973.
O passeio é feito com um audioguia em vários idiomas, inclusive em português, que aos poucos vai te levando pelo mundo encantando, colorido e extravagante do poeta.
Durante a visita é possível ver seus talheres e suas coloridas taças que eram utilizados em seus inúmeros jantares. Assim como objetos pessoais, quadros de artistas famosos e uma grande coleção das suas obras.
Esse nome estranho da casa, La Chascona, significa em mapuche despenteada. O nome foi uma homenagem à Matilde Urrutia, que primeiro foi sua amante e depois a esposa que o acompanhou até seus últimos dias.
Em 1953, o poeta começou a construção dessa casa para ela. No início somente a sala e um quarto foram construídos, mas aos poucos o lugar foi ganhando outros cômodos que foram deixando o imóvel como um grande laberinto.
Construída em um terreno bem empinado, essa casa é realmente um lugar único. Prova disso são as suas passagens secretas e o bar do capitão, construído no jardim.
As fotos deste post são somente do exterior e do jardim já que eles não permitem fotografias do interior.
Além de La Chascona, há outras duas casas onde Neruda viveu e que hoje também são museus e fazem parte da Fundación Neruda; La Sebastiana em Valparaíso e Isla Negra no litoral central.
Dica, como a Chascona fica no bairro Bellavista e muito perto do Cerro San Cristóbal aproveite o mesmo dia para caminhar e conhecer essa região.
E para terminar, um poema muito lindo de Neruda que tem a ver com a vida e com a gente, nós viajantes 🙂
Muere lentamente
Muere lentamente quien no viaja,
quien no lee, quien no escucha música,
quien no halla encanto en sí mismo.
Muere lentamente
quien destruye su amor propio;
quien no se deja ayudar.
Muere lentamente
quien se transforma en esclavo del hábito
repitiendo todos los días los mismos senderos,
quien no cambia de rutina,
no se arriesga a vestir un nuevo color
o no conversa con quien desconoce.
Muere lentamente
quien evita una pasión
y su remolino de emociones;
aquellas que rescatan el brillo de los ojos
y los corazones decaídos.
Muere lentamente
quien no cambia la vida cuando está insatisfecho con su trabajo, o su amor,
quien no arriesga lo seguro por lo incierto
para ir tras de un sueño
quien no se permite,
por lo menos una vez en la vida,
huir de los consejos sensatos…
Vive hoy!
¡Arriesga hoy!
¡Haz hoy!
No te dejes morir lentamente !
¡NO TE OLVIDES DE SER FELIZ !
Pablo Neruda
Mais informações
A Chascona fica na Calle Fernando Márquez de la Plata, em Bellavista. O metrô mais próximo é Baquedano (linha 5).
Aberto de 3f a dom, das 10h às 18h. Durante os meses de janeiro e fevereiro o lugar abre até às 19h. A entrada custa 10 dólares por pessoa.
Alojamento
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Ótimo artigo!
Obrigada pelas dicas e parabéns pelo blog!