Uma das maiores atrações de Bariloche é a beleza do Lago Nahuel Huapi e uma ótima maneira de conhecer essa lindeza é fazendo uma navegação nessas águas claras e maravilhosas.
Eu acabei fazendo um pouco de tudo, andei de bicileta, de caiaque, subi em dois teleféricos, comi chocolate, é claro, e também aproveitei para fazer um passeio pelo Lago Nahuel Huapi. Afinal de contas, esse lago é o cartão postal da cidade.
Pra onde quer que você olhe, lá está ele; grande, imponente, gelado, azul e as vezes verde, rodeado por bosques, grandes montanhas e cumes nevados. Programa para o último dia; passeio de barco com um destino único, navegar pelas águas esverdeadas do Lago Frías, um braço do Nahuel Huapi.
O passeio começou cedo em Puerto Pañuelos (a 25 km do centro de Bariloche).
Subimos no confortável barco e aproveitamos para nos esquentar um pouco no solzinho que entrava pela janela. Era dezembro, mas mesmo assim de manhã fez um pouco de frio, principalmente durante a navegação.
A primeira atração foi esta cachoeira linda, e logo em seguida vieram algumas gaivotas que foram atraídas pelas bolachas que os turistas tinham nas mãos.
No começo achei a imagem bonita, muita gente aproveitou pra tirar fotos com as aves, mas depois fiquei pensando que isso não é legal porque, aos poucos, isso acaba mudando o comportamento alimentar desses animais.
Além disso, toda a área percorrida é um parque nacional e acho que todos temos a obrigação de preservar o lugar, incluindo os animais que vivem por lá. Por isso, se você fizer esse passeio, por favor, não alimente as gaivotas pelo caminho.
Depois de uma hora de navegação, chegamos a Puerto Blest e logo comecei a ver o que mais queria, as águas mega verdes do Lago Frías. Ali subimos num pequeno ônibus por 3 quilômetros até chegar a Puerto Alegre, e depois entramos em outro barco menor que navegou por aquele lago de filme.
Imagina um espelho enorme azul turquesa acompanhado por vegetação abundante e flores amarelas, as famosas retamas, que estão em sua máxima cor durante dezembro. Todo mundo ficou do lado de fora do barco para apreciar esse espetáculo da natureza.
Essa cor incrível da água se deve às minúsculas partículas de rocha pulverizada do choque entre as paredes do Cerro Tronador e as geleiras, que ficam suspensas na água.
Depois de uns 20 minutos de navegação, paramos para deixar vários passageiros que iam para o Chile. Esse é o famoso trajeto ¨Cruce Andino¨, já que o Lago Frías fica na fronteira entre a Argentina e o país vizinho.
Enquanto o pessoal que ia cruzar fazia imigração, a gente aproveitou para admirar a paisagem e a imponente natureza, enquanto comemos uns sandubinhas que tínhamos levado. Acho que não podia ter encontrado melhor lugar para este almoço improvisado.
Depois dessa pausa, voltamos ao barco e fizemos o caminho de volta. Quando chegamos em Puerto Alegre de novo, tivemos tempo para almoçar no único restaurante do lugar. Eu acabei não comprando nada ali porque achei os preços bem salgados e como tinha levado uns sandubas e água, deu pra aguentar tranquilamente.
No começo da tarde a embarcação partiu novamente e desta vez fizemos uma parada na famosa Cascata los Cántaros. O caminho até a cachoeira é todo feito de madeira, para proteger o solo do parque nacional. A caminhada é levemente puxada e dura uns 25 minutos. Tem dois mirantes no caminho e no final do trajeto dá pra ficar mais um tempo apreciando as imponentes paisagens patagônicas. Parece que isso não cansa nunca.
A volta até Puerto Pañuelo durou mais uma hora e pouquinho e logo já estávamos de volta em terra firme.
Super dica, se você quiser terminar o dia no melhor estilo, quando voltar do passeio em Puerto Pañuelo mesmo, atravesse a estrada e suba a colina até chegar ao famoso e chiquérrimo Hotel Llao Llao. A gente acabou tomando o chá da tarde por lá e adoramos a experiência. Mas se não quiser gastar, não deixe de ir nem que seja só pra dar uma passadinha para conhecer o hotel e suas vistas do Lago Nahuel Huapi.
Como ir
Os passeios até Puerto Blest saem de Puerto Pañuelo, que fica a 25 km de Bariloche. O ônibus n. 20 vai do centro da cidade até lá e o trajeto dura uns 40 minutos. A saída foi às 10h e voltamos perto das 17h30. A excursão custa cerca de US$ 38 por pessoa (sem almoço e sem transporte até Puerto Pañuelo).
Existem duas empresas que fazem esse passeio lacustre. Eu fui com a Turisur e gostei da viagem e dos seus serviços. Um guia, que também fala português, acompanha todo o trajeto e vai dando informações locais.
Quando ir
Essa excursão é feita durante todo o ano. Eu fui no verão, em dezembro, e gostei porque deu pra caminhar tranquilamente pela cachoeira e deu pra tirar várias fotos ao ar livre, mas não deixe de levar agasalho e cachecol, mesmo que seja verão, principalmente durante a navegação.
Este passeio a Puerto Blest foi uma cortesia da Turisur, mas isso não influencia na minha opinião neste post, que é totalmente pessoal.
Hospedagem em Bariloche
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Jessica, qualquer outra dúvida escreva aqui nos comentários, assim posso te responder por aqui e também ajudar outros leitores. Abração!
Oi Jessica, o passeio do barco termina em uma baía que fica bem pertinho do Llao Llao. É só caminhar menos de um quilômetro e subir até o hotel. Para voltar ao centro tem ônibus de linha que passa até certa hora da noite, verifique antes de sair, e táxi também sempre tem. Você vai adorar o Llao Llao e o seu chá requintado, ainda mais se você vai estar de lua de mel 🙂
Sim…caso você puder passar seu email para eu poder tirar algumas dúvidas sobre Bariloche, porque será minha primeira viagem internacional. Grata. Jessica
Olá, estou adorando seu post sobre Bariloche no verão. Estou pensando em passar minha lua de mel em dezembro de 2016 lá e está me ajudando muito. Uma dúvida, quando você retornou de barco, como você fez para ir para o chá da tarde no hotel Llao Llao? Tem algum transporte para chegar lá e a volta para a cidade? Porque pelo que estou vendo esse hotel é bastante distante do centro.