O que fazer em Guayaquil

Muita gente só vai pra Guayaquil quando quer ir pra Galápagos. Por isso alguns viajantes acabam nem ficando lá. Pessoalmente, acho que vale a pena sim uma visita de dois dias a essa cidade que também é conhecida como a “Pérola do Pacífico”.

Passear pelo moderno Malecón2000, subir o Cerro Santa Ana, tomar uma cerveja no boemio bairro Las Peñas e tirar fotos com as iguanas no Parque Sarmiento são as principais atrações. Um dia é suficiente para conhecer os principais atrativos, mas como sugestão, no segundo dia recomendo fazer algum passeio pelos arredores. Eu percorri a Ruta del Cacao, mais isso é história para o próximo post.

O que fazer
– Malecon 2000

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Começar o passeio por aqui pode ser uma boa ideia. São quase três quilômetros de calçadão em frente ao Rio Guayas. No caminho tem vários quiosques de sorvete, lanchonetes, parquinho para crianças, um cinema 3D, o Museu Antropológico e o de Arte Contemporâneo. No fim da tarde ou de noitinha, bate uma brisa e o passeio fica ainda mais agradável.

– Parque Seminario 

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Esse parque fica bem em frente da catedral de Guayaquil. Dezenas e dezenas de iguanas tomam sol e descansam nos canteiros de areia ou em cima das árvores desse parque. Eu achei as pobrezinhas velhinhas e desanimadas, mas isso porque eu também estive em Galápagos e lá, obviamente, as iguanas são muito mais graciosas e coloridas. Mesmo assim é bacana visitar o parque e tirar fotos com esse bichos feinhos.

– Cerro Santa Ana


Esse é um dos lugares que mais gostei de visitar. Essa favela pacificada tem muitas casinhas coloridas e 465 degraus que vão marcando a subida até um farol que oferece uma bela vista da cidade. Quando estive lá, quis andar um pouco fora do caminho da escadaria e uma moradora muito simpática me aconselhou a não andar por essas ruas.

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Apesar de ter achado Guayaquil e todo o país super seguro, preferi não arriscar e percorri somente o caminho das escadarias, que é muito bonito.

– Las Peñas

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Esse bairro boemio e charmoso é o mais antigo de Guayaquil. Com ruas de paralelepipedo, nessa área moram muitos artistas e há vários ateliers. No fim dessa longa rua, fica a cervejaria Pilsener. Ótimo lugar para uma parada estratégica pra beber uma gelada e apreciar a paisagem. Já de noite, super recomendo visitar o bar La Paleta, lugar descolado com música bacana e bons drinks.

– Malecón El Salado

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Menos conhecido que o 2000, o Malecón El Salado tem uma atração especial; um espetáculo de águas dançantes todos os dias ao redor das 19h.

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Como esse lugar é menos turístico, o ambiente é mais tranquilo e na parte de baixo tem várias lanchonetes que vendem frutos do mar. Dá pra ir de táxi facilmente desde o centro. A corrida não deveria custar mais do que US$4 até lá.

– Mercado artesanal

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Para comprar souvenirs e produtos equatorianos, o melhor lugar é a feira que fica entre as ruas Juan Montalvo e Loja. Além disso, Guayaquil tem vários shoppings centers no melhor estilo Miami. Um lugar com muitos restaurantes e lojas chiques é o complexo Plaza Lago, no bairro Samborondón.

Plaza Lago
Plaza Lago

Quando ir
Prepare-se para passar muito calor em Guayaquil em quase todos os meses do ano. O pior é que o calor é úmido, daquele que faz você ficar grudento e suado. De dezembro a abril é quando faz mais calor e chove mais. Já de maio a novembro o calor diminui levemente e chove menos.



Como chegar
Guayaquil fica no sul do Equador, a 420 quilômetros de Quito. De ônibus desde a capital a viagem dura cerca de 8 horas. Já de avião, o voo tem duração de 45 minutos. O aeroporto internacional José Joaquin Olmedo é super centrico. Os táxis cobram US$5 pra levar os passageiros até o centro.

Onde dormir
Estive em dois hostels em Guayaquil. O primeiro foi a Hosteria Mar del Plata (Calle Junin, 718), no centro. O lugar é bacana, tranquilo e limpo. Nada de luxo, mas a localização é boa e os quartos são confortáveis. Dica, peça pra ficar no último andar que tem quartos maiores e com menos barulho. Paguei US$25 (sem café da manhã).

Outra opção é o Manso Boutique Guest House (Malecón, 1406), eu passei uma noite lá e curti. Na minha opinião, o melhor é a localização, bem em frente ao Malecón2000. Além disso, o pessoal que trabalha lá é super prestativo e todos estão bem dispostos pra ajudar o turista com qualquer recomendação. Se quiser fazer uma reserva nesse hostel, é só entrar neste link e reservar pelo Booking. Você não paga a mais por isso e dessa maneira o Viagem Cult fica com uma pequena comissão para continuar com as viagens e com as atualizações do blog.

O hostel tem um ar despojado, quartos bem decorados, um restaurante que oferece menu vegetariano na hora do almoço, e uma loja com bolsas, camisetas e outros itens descolados de artistas locais. Nas quintas-feiras tem sempre um evento cultural no hostel, vale a pena dar uma olhada mesmo que você não esteja hospedado lá. Ah, e quem quiser economizar, no Manso também tem quartos comunitários (com 4 camas). A diária nesses dorms (sem café da manhã) é de US$15.

A minha estadia no Manso Guest House foi uma parceria.

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