Se você quer passear, comer bem e cair na balada até o amanhecer, arrume as malas que o destino é Madri. Eu morei lá por 4 anos e meio e aprendi a gostar do dia a dia espanhol e também a curtir o que eles têm de melhor.
Os espanhóis sabem bem como aproveitar uma boa refeição. Típico por lá é antes do almoço passar por um bar e pedir “tapas” acompanhadas de uma “caña” (copo de cerveja). O tapeo, é o nosso aperitivo.
Essa é a maneira tradicional de se reunir com amigos ou familiares e saborear um pouco de salame, queijo, tortilla de batata, croquetas (parecidas com as nossas coxinhas) e outras iguarias locais. Ah, e não deixe de experimentar o mosto, uma bebida que apesar de ser feita com a sobra das uvas, não tem teor alcoólico. É como se fosse um suco de uva concentrado.
Na hora do almoço, a dica é procurar pelos restaurantes que oferecem menu. Nesses lugares os pratos são abundantes e os preços são econômicos. Geralmente, esses estabelecimentos servem uma boa entrada, segundo prato, sobremesa e bebida, tudo incluído no preço do menu.
Além de cuidar do estômago, em Madri ainda tem muita coisa pra fazer. A minha sugestão é começar a jornada na Puerta del Sol – onde fica o ponto zero da cidade, bem no centro. É ali que começa a contagem dos quilômetros para qualquer outra cidade do país.
Em Sol, na noite de Réveillon, milhares de pessoas se reúnem na frente do relógio para acompanhar a contagem regressiva e comer 12 uvas. Ali perto também está a Plaza Mayor, que merece a visita e conta com uma oficina de turismo.
Além disso, durante o verão, os restaurantes colocam suas mesas do lado de fora e todas ficam lotadas a qualquer hora do dia. Uma boa desculpa pra sentar e tomar outra cervejinha.
Voltando à praça Sol, sugiro uma caminhada pela rua Arenales, que é um calçadão comercial. Não deixem de passar pela tradicionalíssima Chocolateria San Ginés (Pasadizo San Ginés, 5). É ali que servem o melhor chocolate com churros que já provei.
Aberto quase as 24h, muitas famílias madrilenhas batem ponto nos fins de semana e centenas de jovens não vão para casa, depois da balada, sem antes passar por lá.
Continuando pela Arenales, você encontra o Palácio Real e a Catedral da Almudena, dois pontos que valem a visita.
Depois disso, é hora de descer até o Jardim Sabatini, que está ao lado do palácio. Um gostoso lugar para descansar e tirar fotos. Eu adorava ir lá pra ler um livro e ver o povo.
Seguindo a caminhada pela rua Bailén, que depois se transforma em Ferraz, chegamos ao meu lugar favorito de Madri, o Templo de Debod. Além de uma espetacular vista, principalmente durante o fim da tarde, a praça tem um templo egípcio, que foi doado à Espanha em 1968. Ah, e dá pra entrar no templo.
E se depois de tanto caminhar a fome bater de novo, nada melhor do que outra parada para satisfazer o estômago. Quando morava lá, outro dos meus lugares favoritos para comer era o Mesón El Lagar (Calle Ferraz, 39). Desde o Templo de Debod são 15 minutos a pé. O mais legal é que com qualquer bebida eles servem um abundante prato de tapas.
O prato pode ser salada de batata, papas bravas (batata com um molho vermelho levemente picante), lacón (fatias de porco) e às vezes até rolava um pratinho de camarão. Além disso, os preços ali são modestos e o lugar é uma típica cantina espanhola. A única coisa com a qual eu não me acostumei foi com a sujeira que o povo deixa. Nos bares sempre tem um mar de guardanapos no chão.
Confira este post especial sobre onde fazer compras em Madri.
Balada
Quando a noite cair, é hora de dançar até o amanhecer. As festas na Espanha começam tarde e um club nunca enche antes da 1.30, 2 da manhã. Mas não se desespere, antes disso dá pra ir esquentando em alguns dos diversos bares de Madri, que não são poucos.
Na região de Tribunal (com metrô de mesmo nome) e Malasaña há uma infinidade de bares e botecos para curtir. Os estilos são variados e tem pra todos os gostos. Eu gostava de ir ao Tupperware (Corredera Alta de San Pablo, 26), um bar mítico com decoração kitsch e estilo rockeiro alternativo. Outro lugar legal é a Kapital (Calle Atocha, 125), um club com 7 andares e em cada um toca um estilo diferente de música.
Outros bairros onde há muito agito são Huertas (parte cêntrica, perto de Sol), esse lugar é mais frequentado por estrangeiros e turistas; Chueca (perto de Tribunal), é o animado bairro gay da capital espanhola; Arguelles-Moncloa, é para os mais jovens e universitários. Outra coisa bacana de Madri é que em muitos lugares não se paga para entrar. Basta colocar o nome na lista ou chegar mais cedo, geralmente antes da 1.30 da manhã.
Bom, essas são algumas das minhas dicas pra vocês curtirem tanto como eu essa bela cidade espanhola. E você, conhece Madri? Deixe a sua dica nos comentários para compartilhar com os outros viajantes.
Interessante post. Posso fazer a recomendação de um outro lugar pra tomar tapas?, É o “Quevedo” em Lope de Vega. Bons tapas livre com cada bebida.
Saudações de Madrid http:www.viajarenvacaciones.com