O que fazer em Santiago de Cuba

santiago cuba

Um dos meus sonhos era conhecer Cuba. Sempre achei que um dia passaria a minha lua de mel lá. Mas como (ainda) não casei, achei que não podia ficar esperando mais e resolvi que era hora de ir pra esse lugar que esteve durante muito tempo no topo da minha lista de destinos.

Eu passei 15 dias em Cuba e amei todos os momentos que vivi lá, desde o primeiro dia quando aquele calor úmido e abafado me recebeu  no aeoporto. No dia seguinte lembro que me emocionei ao pisar pela primeira vez o Malecón, relembro com saudades dos amigos italianos que fiz graças ao ônibus que quebrou no meio da estrada, entre tantas outras aventuras até chegar a Santiago.

Fiz essa viagem em 2010 e como nessa época eu  não tinha o blog, acabei que não escrevi sobre muitos lugares que conheci por lá. Uma pena, mas para remediar, aí vão dois posts sobre Santiago, a segunda cidade mais importante desse país caribenho. Achei que Santiago tem um ar assim de interior. Ela não é tão grande como a Havana e é bem mais tranquila em todos os sentidos; as pessoas vivem o dia a dia em um ritmo mais lento do que na capital, se é que isso é possível.

cuba (2)

Uma das coisas que mais gostei de fazer foi caminhar tranquilamente e conversar com os cubanos. Todo mundo lá tem alguma história interessante pra contar. Fiquei quase uma hora batendo papo com essa senhora que vendia amendoim nas ruas de Santiago.

Simpática vendedora de amendoim
Simpática vendedora de amendoim


Música

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Casa de la Trova

Santiago tem fama de ter boa música cubana. Prova disso são os inúmeros bares pra sentar, ouvir, dançar e deixa-se levar pelos pensamentos. A Casa de la Trova (Rua Heredia, 208) é um dos mais tradicionais e também é bem turístico. Durante todo o dia vários grupos se apresentam no tablado desse singelo lugar.

Casa
La Casa de las Tradiciones

Outra parada obrigatória é La Casa de las Tradiciones (Rua General Jesús Rabí, 1), principalmente para os viajantes que buscam locais mais frequentados pelos cubanos. Esse lugar fica um pouco mais afastado do centro, 15 minutos a pé da Plaza del Césped. Nesse modesto bar o ambiente é de cidade do interior total. Além de boa música e muita animação, dá para comprar cerveja, refrigerante e coquetéis a preços módicos. A festa ali começa geralmente ao redor das 21h30.

Cerveja cubana
Cerveja cubana

Além de muita música, Santiago também oferece outras opções. Um passeio pelo Museu do Ron (Rua Bartolomé Masó, 358) é uma visita interessante. Ali é possível aprender como é feita a bebida mais famosa de Cuba. O tour também inclui uma pequena degustação de rum.

Museu do Carnaval
Museu do Carnaval

A poucos quarteirões dali está o Museu do Carnaval (Rua Heredia, 303). O Carnaval mais famoso de Cuba é o de Santiago, que costuma ser celebrado no meio de julho. Essa festa popular leva milhares de cubanos e turistas às ruas durante uma semana. A celebração começa no dia de Santiago Apóstolo – o santo da cidade. Com desfiles de pequenos grupos, muita música e ritmo, todos se divertem até a madrugada. Esse pequeno museu do Carnaval tem fotos, recortes de jornais, fantasias e instrumentos de percussão. Achei que vale a visita para conhecer um pouco mais sobre a história e a tradição dessa festa popular.

Literatura

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Outra coisa que fiz bastante em Santiago foi procurar livros. Cuba também é famosa pela sua literatura e seus livros. Além dos já ultra conhecidos sobre Che Guevara e a revolução cubana, vale a pena entrar em algumas livrarias para bisbilhotar e procurar verdadeiros tesouros em papel. A Livraria La Escalera (Rua Heredia, 265) é um desses lugares incríveis.

Eddy
Eddy, o dono la livraria La Escalera

Essa pequena loja está cheia de livros do teto ao chão. O dono, o simpático Eddy, tem o maior prazer em falar com todos os que entram no local. Não perca a vitrola antiga que decora sua pequena livraria e a grande coleção de vinis de música cubana.

Outro lugar que destaco no centro histórico de Santiago é o Balcón de Velázquez (entre as ruas Mariano Corona e San Basilio). Dali é possível apreciar o porto e os telhados das casas no bairro Tivolí.

A rua comercial de Santiago é a José A. Saco, que também fica no centro histórico. Lojas de alimentos, pequenos comércios e muitos vendedores ambulantes de sanduíches, refrescos e comida rápida tomam conta dessa rua, que muitas vezes fica fechada para os carros e vira um grande calçadão.

Depois de uma longa caminhada, um lugar legal que encontrei para descansar foi o Parque del Césped, no coração do centro histórico de Santiago. Adorei sentar nos bancos e observar o ritmo da vida cubana. Parece que ali as pessoas não têm pressa e vivem o seu dia sem muito estresse. Prova disso são as pessoas que passam horas vendo o dia passar enquanto se divertem jogando intermináveis partidas de xadrez ou dominó.

Os cubanos adoram jogar dominó
Os cubanos adoram jogar dominó

De volta com a caminhada, para quem quiser saber um pouco mais sobre a história da revolução cubana, no bairro Tivolí está o Museu da Luta Clandestina (Rua General Jesús Rabí, 1). Ah, o Quartel Moncada (Avenida de los Libertadores) é parada obrigatória para os interessados na história da revolução.

Esse quartel entrou para a história quando Fidel Castro e outros revolucionários invadiram o local em 26 de julho de 1953 para roubar armas. Anos depois uma parte dessa enorme construção virou escola, e outra abriga um museu que está aberto ao público.

Saindo da área do centro, do outro lado da cidade, o panorama muda um pouco. Em Santiago os grandes hotéis ficam no bairro Vista Alegre que é uma das regiões mais bonitas. Esse é um bairro tranquilo, arborizado, com centenas de casas bem conservadas e até mesmo mansões que antes da revolução pertenceram à classe alta cubana.

Hoje em dia, o bairro ainda conserva esse ar aristocrático, mas as casas viraram oficinas do governo, clínicas e centros culturais. Nessa região está o Museu da Imagem, que recomendo a visita.

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Museu

cuba

O lugar é pequeno, mas está bem montado e tem centenas de objetos curiosos como uma interessante coleção de fotos de Fidel Castro em momentos de descontração, muitas máquinas fotográficas, câmeras de filmes e de tv, objetos do início da produção cinematográfica em Cuba, aparelhos de rádio, transmissores e microfones.

Nesse mesmo bairro encontrei um bom lugar para almoçar ou jantar, o La Maison (Avenida Manduley). Uma casa grande, bem conservada, com um belo jardim e dois restaurantes. A comida é boa, caseira e saborosa, e o melhor de tudo é que tem bons preços.

Outro post sobre Cuba:
O que fazer nos arredores de Santiago.
10 razões para visitar Cuba

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4 Comments

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  1. says: Lucila

    Hehehe qué loco, Tati. Sí, ese señor es el dueño de la librería. Abrazotes!!