O que fazer em Pucón

Essa pequena cidade que fica no sul do Chile é um achado. Entre o vulcão Villarica e o belíssimo lago de mesmo nome, Pucón é puro charme. Um lugar perfeito para descansar em suas termas, curtir muita natureza e quem gosta de aventura pode até tentar escalar o vulcão mais famoso da região.

No verão ela fica lotada de chilenos que aproveitam as férias ao lado do lago para andar de jet ski, navegar, fazer rafting e tomar muito sol. Já no inverno os estrangeiros é que invadem Pucón para esquiar aos pés do vulcão Villarica, principalmente os brasileiros.

A cidade é pequena e seus principais atrativos estão nos seus arredores. De qualquer lugar onde você olhe lá está ele, imponente com seu cume sempre nevado. Pucón deve quase tudo ao vulcão Villarica, principalmente o turismo. Muita gente vai até a cidade só para subir o vulcão, um aventura de quase 8h de muito esforço físico e desafio. Neste post eu conto essa aventura detalhadamente.

Outro atrativo de Pucón são suas termas com águas quentes e sulfurosas e belas paisagens. A poucos quilômetros há mais de 10 e a mais famosa de todas é a Geométrica, que fica a 84km de Pucón. Eu não estive nessa, mas falei com pessoas que foram e todos adoraram.

Quantos dias?
Recomendo ficar em Pucón pelos menos 3 dias; para subir o vulcão é preciso 1 dia inteiro, outro para conhecer os arredores e descansar nas termas e mais um dia para não fazer nada e somente relaxar na cidadezinha.

Tours
Há muitas agências por lá e a maioria está na Calle O’higgins, que é a rua principal. Quase todas oferecem os mesmos tours e têm os mesmos preços, infelizmente.

Além da subida ao vulcão, outro tour famoso é o pela zona (arredores) que eu fiz e conto neste post. As agências também oferecem visitas à termas, rafting, rapel, entre outras atividades bacanas.

Vale pechinchar os tours, principalmente se for fazer mais de um com a mesma empresa. Se for temporada baixa, entre abril e junho ou agosto e novembro, é mais fácil conseguir descontos.

Pucón fica próximo de San Martin de los Andes, na Argentina, a 184km. Esse é um passeio bacana que cruza pela Cordilheira dos Andes e passa por lagos até chegar em San Martin de los Andes.

Pela cidade


Como Pucón fica aos pés do Villarica a cidade inteira está sempre atenta ao comportamento dele. É fácil encontrar pelas ruas placas e indicações com instruções em caso de erupção. A sua última erupção foi em 2015.

Além de passear pelas tranquilas ruas e caminhar pela Playa Grande de areias negras, aproveite para fazer um passeio de barco em uma navegação de 1h.

Recomendo o passeio para ter uma vista diferente do vulcão e das enormes casas que estão sendo construídas infelizmente à beira do lago.

Não deixe de visitar o Gran Hotel Pucón que é maravilhoso. Outra dica é caminhar até o Monastério Santa Clara, que fica a uns 15 minutos a pé do centro. As freiras fazem bolachas e doces e vendem no convento, que tem uma linda vista da cidade e do lago.

Vista do monastério

Fora de Pucón, outro atrativo é o Parque Nacional Huerquehue que merece a visita para um dia de caminhadas e muita natureza.

Onde comer
Pucón é pequena mas está cheia de restaurantes e há muitas opções. Para quem quiser saborear pratos chilenos; cozidos, sopas, carnes e o famoso tempero defumado e picante merken, recomendo o restaurante Sabores de Chile (Calle Miguel Ansorena, 212) que tem ótimo atendimento, bons pratos e preços camaradas. Já para quem gosta de doces, pizzas e sanduíches, meu restaurante favorito por lá é o Cassis (Calle Pedro de Valdivia, 191). Esse lugar é uma mistura de confeitaria e lanchonete e está sempre cheia. A limonada de menta com gengibre e os bolos são maravilhosos!

Onde ficar
Foi difícil escolher onde me hospedar porque tem muita oferta na cidade. Acabei optando por ficar bem pertinho do Lago Villarica e acertei em cheio. Fiquei hospedada no Frontera Pucón Hostel B&B, que é de um casal brasileiro, e amei esse lugar.

Fachada do Frontera

O Frontera fica a meio quarteirão do lago, tem uma vista privilegiada do vulcão, é super silencioso, tem apenas 5 quartos, a casa é mega confortável, tem ótima calefação e chuveiro super quente. Além de tudo isso, o Leo ajuda com toda a informação que você precisar e como é um hostel, eu diria um hostel super boutique, dá para usar a cozinha que é mega equipada e limpa a qualquer hora.

Aqui outras opções de alojamento em Pucón. Se você fizer a reserva através
deste link, paga a mesma coisa pelo Booking e o Viagem Cult recebe uma pequena comissão que ajuda a manter o blog 🙂

Como chegar


De ônibus de Santiago até Pucón são cerca de 10h e geralmente a viagem é feita à noite. É um trajeto longo, mas a vantagem é que o ônibus chega diretamente na rodoviária de Pucón.

Outra opção é voar com a Lan ou Sky Airlines (1h10 de voo) de Santiago. Nesse caso os aviões chegam ao aeroporto de Temuco, que fica a 80km de Pucón. Dali é preciso pegar um transfer ou um táxi. E só tem uma empresa de transfer (fazer o que, né?) que faz o trajeto aeroporto de Temuco – Pucón e não tem como reservar antes.

O guichê fica logo na saída do lado direito, ao lado das empresas de aluguel de carro. Se a van não tiver um mínimo de 4 passageiros, ela não sai ou os caras costumam cobrar um preço muito alto. Nós pagamos (abril 2107) cerca de 15 dólares por pessoa pela viagem. Um táxi estava cobrando 70 dólares, depois de pechinchar um pouco.

A opção mais em conta, mas também a mais demorada, é pegar um táxi até a rodoviária JAC da cidade de Temuco e de lá um ônibus até Pucón. Esse trajeto de ônibus demora cerca de 2h15 e custa uns 5 dólares, mas gasta-se cerca de 3 horas no total.

Se a ideia é percorrer a região, super indico alugar um carro porque assim dá para visitar vários lugares e não é preciso pagar os passeios nas agências de turismo que cobram bem carinho.

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