Buenos Aires está cheia de bons restaurantes e às vezes fica até difícil escolher onde comer. Outro dia conheci o Restaurante Jacarandá, que fica fora do circuito dos bairros Recoleta-Palermo e fui até Caballito conferir essa proposta gastronômica.
Fiquei surpresa ao ver o restaurante cheio e com aquele cheirinho que convida a abrir a porta e sentar logo. O cardápio tem várias opções tentadoras. Pratos à base de carne para quem gosta da famosa carne argentina, peixes e frutos do mar, milanesas (mega pedidas por aqui) e alguns pratos de pasta diferentes.
Como não como carne vermelha, escolhi de entrada camarões empanados com vegetais assados que estavam uma delícia: crocantes e saborosos. Enquanto saboreava a entrada e uma deliciosa vinagrete de berinjela, percebi que apesar do restaurante estar cheio, não havia aquele barulho insuportável.
Perguntei ao garçom e ele me explicou que quase todas as cadeiras e mesas têm uma proteção especial (tipo uma espuma) na parte debaixo, justamente para absorver os barulhos. Além disso, os tecidos do teto também estão forrados com essa espuma. Taí uma ótima ideia para que outros restaurantes façam a mesma coisa. Adorei!!
Enquanto bebia uma taça de malbec rosé. Isso mesmo, sabia que existe Malbec rosado? Aliás, super recomendo: suave e refrescante! Comecei a saborear o meu prato principal, salmão com arroz ao curry. O peixe estava gostoso e o acompanhamento também. Meu marido pediu uma bondiola (sobrepaleta de porco) com bolinhas de batata doce e muzzarela. Segundo ele, estava m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o, a carne desfiava a estava bem temperada.
Para terminar a noite como eu gosto, só faltava uma boa sobremesa e claro que eu não resisti. Fiquei dividida entre o petit gateau de chocolate e a panqueca de maçã e acabei pedindo a panqueca com açúcar caramelizada e sorvete, estava gostosa mas achei a massa muito fininha. O Esteban pediu peras ao vinho com sorvete, e estava bem gostoso.
Para se ter uma ideia de preços, em média cada prato no Jacarandá custa cerca de 14 dólares e uma sobremesa, ao redor de 5 dólares. Fazendo uma conta para duas pessoas: com uma entrada para dividir, dois pratos, duas sobremesas e duas taças de vinho, o valor seria mais ou menos de 55 dólares no total.
Ah, em Buenos Aires a maioria dos restaurantes cobra o famoso cubierto (o nosso couvert) e é obrigatório. Eu detesto essa prática, mas infelizmente aqui é padrão. São poucos os restaurantes que não cobram. A única coisa que os donos justificam no famoso cubierto é uma cestinha de pão. No caso do Jacarandá, a cesta de pão era variada e a vinagrete de berinjela estava mega boa!
Fazendo uma avaliação geral, os pratos chegaram bem rápido, o atendimento foi excelente e volto a repetir, ponto a favor pela acústica e pelas mesas não estarem grudadas umas nas outras. No frigir dos ovos, já que estamos falando de comida hehe, achei o valor bem razoável para comer bem, provar alguma coisa diferente, além das tradicionais empanadas ou ojo de bife e, de quebra, conhecer um bairro diferente.
Como Caballito não é um lugar turístico e não tem muitas atrações para viajantes, uma boa opção é almoçar no Jacarandá e depois fazer o tradicional passeio no bondinho antigo do bairro, que funciona nos fins de semana. Mais informações sobre esse passeio que é bem legal para fazer com crianças. https://www.buenosaires123.com.ar/paseos/tranvia-historico.php
Mais informações
O Restaurante Jacarandá fica na Av. del Barco Centenera, 383, Caballito. Abre de terça a domingo das 20h até a 1h da manhã e nos fins de semana também abre no almoço, do meio-dia às 16h.
Oi, Lucia. Vi que as datas sumiram mesmo dos posts. Vou ver se consigo arrumar isso. Obrigada por avisar. Se você estiver interessada no guia digital de Buenos Aires, esse está super atualizado (pós pandemia, inclusive). https://viagemcult.com/guia-de-viagem-buenos-aires
Bom dia, Lucila! Lendo teu blog e adorando as dicas diferentes. Vou a BsAs em abril e ja anotei varias indicações tuas. A única coisa é que não localizei data nas postagens e não sei se estam atualizadas. Podes me responder. Obrigada, Lucia.