Depois de me emocionar (de raiva) no Apartheid Museum, por causa da triste história desse regime opressor na África do Sul. Como estava perto, segui com meu passeio e aproveitei para passar na frente do Soccer City, onde foi feita a abertura e a final do Mundial de 2010, em Joanesburgo. O estádio tem uma cor meio alaranjada e uma forma arredondada, que lembra a de uma abóbora. Não é à toa que os locais o apelidaram de “calabash”. Eu não entrei, mas acho que dá pra agendar tours.
Depois dessa para rápida parada só para tirar fotos mesmo, chegamos em Soweto, o antigo reduto de negros de Joanesburgo. Um dos lugares turísticos para visitar por ali é a casa, que hoje é um museu, onde Mandela e a sua família moraram desde 1946 até 1990. Eu não entrei, preferi só dar uma volta de carro mesmo.
Sabem que eu achei que Soweto ia ser mais como as favelas brasileiras? Fiquei impressionada com o nível das casas e a condição em que vive a maioria da população ali. Vi muitas residências de material mesmo, ruas asfaltadas, etc. Saí com uma boa impressão.
No dia seguinte, no centro de Joanesburgo, visitei o edifício Top of África. Esse prédio de 50 andares tem um mirante de onde dá para ver a cidade inteira. Não muita gente conhece o edifício por esse nome, ele é mais conhecido como Carlton. Dentro desse prédio tem um shopping center com várias lojas. Um detalhe, para encontrar o elevador pra subir no mirador, desça ate o -1, ali você vai ver uma pequena bilheteria onde vendem os ingressos para subir.
E no último dia resolvi fazer algo que não tinha feito durante os 5 meses que passei na África, shopping!! Oh, yes, confesso que estava com saudades de fazer umas comprinhas, e olha que não sou nada consumista. Visitei o Sandton City, um shopping enorme, que tem mais de 300 lojas famosas.
Esse centro comercial fica do lado da Nelson Mandela Square, que tem essa estátua enoooorme do ex-presidente, e vários restaurantes bacanas ao redor.
Transporte
Na maioria das vezes eu usei táxi em Joanesburgo. A melhor opção é acertar o preço com o taxista antes de embarcar, porque como em qualquer lugar turístico alguns espertinhos adoram passar a perna nos turistas.
Entrada de uma estação do Gautrain
Eu cheguei no Sandton City (que fica a 20 minutos do centro) com o Gautrain, pronuncia-se “Rautrain”. Esse trem novo é excelente, rápido, limpo e seguro. Além disso, o trem também vai até Pretória e até o aeroporto internacional.
O resto do passeio, do centro até o Museu do Apartheid e Soweto, eu fiz com um taxista gente boa que conheci no centro. Ele me ofereceu um preço bacana pra fazer esse percurso. Fui na coragem mesmo e, por sorte, deu tudo certo. Aliás, no dia seguinte também fechei com ele pra ir até o aeroporto. Por isso recomendo os serviços do Alfred Mamabola, seu celular é 079-190-2368.
Nos hotéis eles cobram preços muito caros pra fazer esses tours, achei melhor fechar com esse taxista, que além do mais, ia me contando altas histórias.
Acomodação
Fiquei hospedada bem no centro da cidade e não tive nenhum problema. Bom, na verdade, escolhi o hotel na pressa e achei que essa área seria boa, mas não era das dez melhores. Como acontece em qualquer metrópole brasileira, o centro não é o melhor lugar para passear de noite. Mas durante o dia eu saí a pé várias vezes e não tive incômodo algum. Os sul-africanos foram extremamente atenciosos comigo. De qualquer maneira, um dos melhores lugares para ficar em Joanesburgo é nos arredores, como Melrose Arch, um bairro universitário com vários restaurantes e lojas descoladas.
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Vacina e visto
Os brasileiros não precisam tirar visto com antecedência para entrar na África do Sul. No aeroporto mesmo de Joanesburgo eles carimbam o passaporte, com permanência de 3 meses. A única exigência é levar o certificado internacional de vacinação contra febre amarela, que vale por 10 anos.
A África do Sul está livre de malária, mas países vizinhos como Moçambique, Tanzânia, Quênia e outros, ainda não. Então, se você pensa em esticar a sua viagem para esses lugares, não se esqueça de levar um bom repelente, com no mínimo 20% de DEET, o agente que repele os mosquitos, e só dormir em lugares que tenham rede mosquiteira. Não existe vacina contra a malária, só profilático mesmo. No próximo post vou escrever sobre a medicina antimalárica e contar sobre as vacinas que tomei antes de ir pra África.
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