Verão em Bariloche é muito bom

bariloche

Quando a gente pensa em Bariloche logo lembra de neve, ski e frio, mas eu conheci uma cidade completamente diferente no verão, e garanto que esta outra cara também é incrível. Pra quem gosta de esporte, aventura e paisagens maravilhosas, esta cidade patagônica é um lugar perfeito.

Depois de querer por muito tempo conhecer Bariloche, a hora chegou assim, de surpresa. Um dia meu namorado me ligou e disse que tinha comprado passagens para um lugar que eu ia gostar muito. Só fiquei sabendo que ia para lá, uns dias antes, assim eu podia pensar bem que roupa levar e me preparar bem.

No avião, a única coisa que eu pensava era em experimentar vários chocolates por lá. Afinal de contas, parece que Bariloche tem o maior número de lojas de chocolate por habitante do mundo. Não sei se é realmente assim, mas garanto que no centro tem uma loja do lado da outra. Se deixar embriagar pelo cheiro doce do chocolate é um bálsamo, principalmente para as mulheres. Ainda bem que eu não estava de TPM, se não acho que teria atacado todas as lojas.

chocolate bariloche

Caminhando pela Calle Mitre fica difícil escolher em qual chocolateria entrar e o que comprar. Como se já não fosse tarefa suficientemete difícil escolher que tipo de chocolate levar, ainda tem que escolher que geleia, licor e outras cositas comprar.
A melhor parte é que em cada uma você pode provar um pedacinho ou vários de chocolate. A loja que mais gostei foi a Rapa Nui (Calle Mitre, 202), tem sorveteria, doces, vários produtos patagônicos e muitos chocolates, é claro.

Essa é a Rapa Nui
Essa é a Rapa Nui

Outra que curti bastante foi a Mamuschka (Calle Mitre, 298). A loja é super bonitinha e tem uma confeitaria gracinha para tomar uma taça de chocolate quente e saborear alguma fatia de torta. Todas são uma tentação. Como a gente não sabia qual escolher, preferimos fazer uma seleção de miniaturas, assim a gente experimentou um pouco de cada coisa.

bariloche mamuschka

Além de passear pela Mitre, visitar a Catedral e apreciar o Lago Nahuel Huapi, Bariloche em si não oferece muitas atividades e passeios, seu principal atrativo está fora da cidade.

Entrada ao centro cívico de Bariloche
Entrada ao centro cívico de Bariloche

Ah, descobri um lugar que tem uma vista espetacular do lago, a do hostel Penthouse 1004 (Calle San Martin, 127, 10° andar). Mesmo que você não se hospede lá, suba até o 10° andar e invente uma desculpa como perguntar quanto está a diária, só pra dar uma olhada na vista que se tem da sacada.

Vista do Nahuel Huapi do hostel Penthouse
Vista do Nahuel Huapi do hostel Penthouse

Cerro Campanário
Dos passeios fora da cidade, o que eu mais gostei foi do Cerro Campanário. Acho que Bariloche deve a sua fama ao Lago Nahuel Huapi. Se não fosse por ele a sua beleza não seria tão grande. E garanto pra vocês que a melhor vista do lago se tem do Cerro Campanário. Não é à toa que a revista National Geographic disse que ela está entre as 8 melhores do mundo.

bariloche

bariloche

Pra quem estiver sem pique, pode subir nas cadeirinhas do teleférico e curtir a subida assim na moleza. E quem quiser um pouco mais de contato com a natureza, pode subir caminhando. Eu preferi subir a pé e depois descer com o teleférico. A única coisa ruim é que a subida é levemente puxada e o caminho em algumas partes é um pouco íngreme, mas tirando isso essa é uma boa opção pra fazer um pouco de exercício.

O ônibus n. 20 sai do centro de Bariloche e para na frente do teleférico. A viagem de 17 km dura uns 30 minutos. O ticket custa cerca de US$4 (ida ou volta). Se for um dia com muito vento, pergunte se o teleférico está funcionando antes de ir.

Cerro Otto
Outro lugar para ter uma vista bacana é a do Cerro Otto. A subida no bondinho demora 12 minutos e o trajeto é de quase 2 km. Se puder visite os dois cerros, mas se tiver que escolher, aconselho mil vezes o Campanário.

bariloche

bariloche

Curto muito mais teleférico aberto e o ticket do campanário é mais barato. Mas um dos diferenciais do Cerro Otto é o restaurante giratório que fica lá no topo. E acreditem, gira mesmo!

Este é o restaurante que gira 360 graus
Este é o restaurante que gira 360 graus

O teleférico do Cerro Otto custa ao redor de US$11 (ida e volta). Do centro, quase da frente do Mc Donald´s, sai um ônibus gratuito que vai até o teleférico. São 8km. Os ônibus gratuitos saem a cada 1h e também fazem o trajeto de volta até às 19h.

Outro passeio bacana pra fazer fora da cidade, é tomar o chá da tarde no chiquérrimo Hotel Llao Llao. A gente foi e eu conto a experiência neste post.

Onde ficar
Nós ficamos hospedados dois dias no Hotel Tango Inn, a poucos quarteirões do centro. Esse despretensioso hotel tem quartos confortáveis com suíte. O ponto positivo são os quartos com vista ao Lago Nahuel Huapi. Peça para ficar nos que têm vista, é claro.

hotel tango inn

hotel tango inn

Achei o hotel limpo e bem localizado. Além disso, o café da manhã é generoso e o pessoal que trabalha lá é bacana. Para quem não quer ficar num hostel e prefere um hotel, mas sem ter que gastar muito, o Tango Inn pode ser uma boa opção.

E nos dois últimos dias a gente ficou no Hostel Achalay, um lugar pra se sentir em casa. O hostel é simples e sem luxo, mas tem muitos pontos positivos; é aconchegante, tem pão e doces caseiros no café da manhã, e o pessoal que trabalha lá é mega atencioso. Muitos mochileiros de várias partes do mundo se hospedam lá e passam horas batendo papo na sala principal ou tomando um solzinho no jardim.

Foto: divulgação
Foto: divulgação

O Achalay tem quartos para casal e dormitórios com até 6 camas, todos com banheiro fora do quarto. O hostel fica a uns 5 quarteirões do centro e pra chegar lá tem que subir uma rua empinada. Os donos, Florencia e Pablo, curtem conversar com os viajantes que chegam e estão sempre prontos para dar dicas sobre Bariloche.

As estadias no Hotel Tango Inn e no Achalay Hostel foram cortesias, mas isso não influencia a minha opinião neste post, ela é pessoal.

Se quiser procurar outras opções de hotel em Bariloche, aproveite para reservar pelo Booking que sempre tem ótimas ofertas e lugares lindos para se hospedar. Se você reservar através do blog, o Viagem Cult ganha uma pequena comissão para manter o blog e você paga a mesma coisa 🙂

Onde comer
Pra quem quer fugir do circuito turístico, super recomendo o restaurante Breogan (Calle Martin, 405). O restaurante é espanhol e tem um cardápio variado. Um dos pratos típicos da região é a truta ao limão. Os preços são camaradas e o atendimento excelente.

Como sou viciada em sorvetes, sempre que visito um lugar novo faço o test drive do sorvete. E em Bariloche não foi diferente, tive que visitar a famosa Sorveteria Jauja (Calle Moreno, 48). Se quiser provar sabores diferentes, experimente combinações exóticas como maracujá com sauco ou o lemongibre, limão com gengibre.

A cerveja patagônica é famosa na Argentina inteira e Bariloche tem várias cervejarias artesanais. Das cervejas industrializadas, eu mega recomendo a Patagônica, que tem vários sabores e é uma delícia. Essa você também encontra nos supermercados de Buenos Aires.

Como se locomover
Acho que a melhor opção é alugar um carro por lá, logo no aeroporto. Isso dá liberdade para conhecer vários lugares e ainda por cima a maioria das atrações de Bariloche fica fora da cidade. Um passeio super conhecido na região é a Ruta de los 7 lagos e indo de carro dá pra parar quanto tempo quiser em cada lago.

Outro lugar bacana para visitar é Villa la Angostura (85 km de Bariloche). Também rola ir de ônibus, mas de carro é sempre melhor, é claro.

Bom, e se não rolar alugar um carro, como foi meu caso, não se preocupe porque o sistema de transporte da cidade é bom e tem ônibus que levam para a maioria das atrações, mesmo fora do centro.

Ah, se for usar ônibus público, você vai precisar comprar um cartão e carregar com pesos, antes de subir nos ônibus. Fique de olho porque existem duas empresas na cidade, e cada cartão só vale pra uma empresa. Ridículo, eu sei, mas é assim. Eu usei a empresa 3 de Mayo e fiz uma tabelinha com o número dos ônibus, o destino e as distâncias.

bariloche onibus

Quando ir
Visitar Bariloche durante o inverno (de junho a outubro) é algo clássico. É nessa época que o Cerro Catedral fica lotado de esquiadores. Pra quem curte neve e frio, essa é uma ótima oportunidade. Mas Bariloche também é linda em outras épocas do ano. Eu fui no começo de dezembro e adorei. Achei o clima perfeito pra passear e fazer um pouco de esporte aventura, como andar de caiaque ou de bicicleta por trilhas lindas.

bariloche cayak

Em dezembro, durante o dia a temperatura estava ótima, cerca de 23°C, mas de noite refrescava bastante e precisei usar uma blusa grossa e jaqueta. Além disso, como essa época ainda é baixa temporada a cidade não está lotada de turistas. A temporada alta vai de junho a agosto; e de janeiro a fevereiro.

Uma curiosidade importante, quando os estudantes argentinos terminam o segundo grau eles costumam viajar a Bariloche. A cidade fica cheia de ônibus turísticos e adolescentes que andam em grupo gritando e fazendo festa em todos os lugares, geralmente de agosto a outubro. Por isso, aconselho evitar esses meses.

Onde se hospedar em Bariloche? Veja as melhores ofertas de hotéis do Booking

Mais posts sobre Bariloche:
– Chá da tarde 5 estrelas no Hotel Llao Llao
– Passeio de caiaque pelo Lago Nahuel Huapi
– Villa la Angostura de bike
– Navegando por águas cristalinas

Participe e deixe seu comentário